27 fevereiro 2009

land art em gaia

O Parque da Lavandeira (Vila Nova de Gaia) reuniu em 2007, um colectivo de artistas pertencentes ao movimento Land Art.
Considerada a primeira exposição organizada de Land Art em Portugal, reuniu dez artístas pláticos portugueses e dois catalães, nomeadamente, Cristina Ataíde, Luís Pinheiro, Meireles de Pinho, Paulo Neves, João Castro Silva, Joaquim Pombal, Marisa Alves, Fernando Saraiva, Ângelo e Moisés Tomé, Josep Mates e Carlets.
Os artistas participantes construíram, dez instalações que ali permanecem de forma definitivamente efémera, à mercê dos elementos da natureza, passando por um desgaste natural, como se aceita que aconteça em obras de arte na paisagem.

24 fevereiro 2009

a minha grande preferencia

Land art Winklow (Irlanda)
A Land Art «foi reconhecida como a mais "suportada" das inspirações artísticas. No final dos anos 60, um numero de artistas iniciou fora das quatro paredes da galeria uma série de criações no deserto e montanhas do Nevada, Utah, Arizona e Novo México. A Land Art deixa os espaços comuns de exposição como a galeria, o atelier e o museu para "investir no planeta". Renova a noção de exposição: uma experiência real e intransponível, representada em vastos espaços, como a montanha, o mar, o deserto e o campo, para uma maior liberdade criativa. (...) Os artistas escolheram entrar eles mesmos na paisagem. Eles não representavam a paisagem, eles fundiam-se com ela; a sua arte não era simplesmente sobre a natureza, mas dentro dela. Não foram os primeiros a interessar-se pela terra, a Arte Povera também utilizou a "terra" nas suas composições, no entanto, os "Land Artists" apresentam-na num estado mais puro e bruto. As denominações Land Art (arte da terra) e Earthworks (trabalhos em / sobre a paisagem) aludem a um certo tipo de obras que têm como suporte a própria natureza, a paisagem exterior
Continuação do artigo aqui.
Muitas mais imagens desta expressão artística.

23 fevereiro 2009

Riitta Päiväläinen

"Unwritten history, memory, landscape"

Na continuação do post "Helsinki School", publicado a 16 de Fevereiro, e conforme combinado, aqui fica a apresentação de mais um dos fotógrafos do meu agrado.

Trata-se de Riitta Päiväläinen, que apresenta um trabalho muito criativo e elaborado. Diria que ela trabalha num "campo expandido" da Fotografia, para tomar de empréstimo a designação que Rosalind Kraus empregou para a escultura. Os trabalhos de Riitta são esculturas efémeras, instaladas na natureza em condições de intenso frio, no entanto a sua preparação inicia-se nas feiras de velharias e na busca da história (ficcionada) das peças de roupa que por lá encontra. Melhor testemunho que as palavras, são as imagens.

«In my photographs, I use discarded clothes from second-hand shops and flea markets. I am interested in old garments, because they carry silent, unknown stories and histories. The unavoidable fact that I will never know the actual stories and personal histories connected with the clothes arouses my curiosity. (...) Instead of thinking what or who we have lost, I want, through my photography, to concentrate on what is still to be found. (...) By freezing the garment or letting the wind fill it with air, I am able to create a sculptural space, which reminds me of its former user. This "Imaginary Meeting" represents, for me, the subtle distinction between absence and presence. In the series "Wind","Structura" and "Camouflage" landscape plays an essential role. Landscape is not only a topographical, objective phenomenon. For me, it is personal and subjective. Working with a landscape means going into it: experiencing and sensing the place. When I place clothes into a landscape, I create an installation. In this sense, landscape can be considered as a stage. Bringing these two elements (landscape and clothes) together, I create a dialogue - an interaction. My aim is to suggest and bring forth potential stories, mental images and associations

Para saber mais, aqui fica a entrevista com a fotógrafa.

22 fevereiro 2009

"P.F." - Por Favor

A Galeria de Exclusivos apresenta , de 22.Fevereiro a 07.Março, a exposição “P.F.” - POR FAVOR Soft Furniture.
Nas suas próprias palavras: «um projecto de sensibilização para a reciclagem e reutilização têxtil. Partimos de uma série de napas estragadas e convidámos 10 designers de moda a criar um objecto vendável e a mostrá-lo numa das montras da Galeria de Exclusivos. 10 designers/5 meses. No fim, esperamos ter demonstrado por a+b que materiais aparentemente estragados podem ser reutilizados e transformados em peças fantásticas; tudo depende da imaginação e consciência de cada um. Ainda antes do fim, esperamos vender estas peças e rentabilizar economicamente estes materiais que iriam parar ao lixo - daí para as lixeiras de céu aberto, ficando tranquilamente a poluir a atmosfera e os solos durante um período aproximado de 200 anos. Por favor, pense nisso

Banco Português Maleável
Soft furniture é uma edição de pouffs em forma de peças de mobiliário básicas e tradicionais numa escala aumentada, propocionando superfícies confortáveis para descansar e, simultaneamente, uma decoração descontraída e artística.
Esta abordagem e a técnica empregue, fazem-me lembrar os interruptores de Claes Oldenburg, neste caso ao serviço do design de equipamento.

Designers convidados:
Fernanda Pereira / Daniel Dinis / Miguel Flôr / Mia Morikawa / Alexandra Moura / Ladybug (Joana Teodoro) / Dino Alves / Andreia Proença / Aforest (Sara Lamúrias) / Dirtycop.


GDE/Matéria-prima
Rua da Rosa 195/197
Bairro Alto
Lisboa

Lagoa Henriques 1923-2009

O Mestre Lagoa Henriques, escultor e professor inspirado pela literatura, faleceu ontem aos 85 anos. Foi o poeta das formas transfiguradas, com a força e a inspiração da Fénix.
Em sua homenagem e porque a sua obra sobrevive, aqui fica uma entrevista que deu à SPA.

19 fevereiro 2009

Le cool magazine



Acabei de receber a revista le cool magazine e como "capa" tem apresentado estes óptimos desenhos de Vasco Mourão. Sou sua fã.
Aqui fica o desafio para se descobrirem e apreciarem todos os seus detalhes, lugares e recantos.

18 fevereiro 2009

Statuephilia

Terminou recentemente no British Museum, em Londres, a exposição Statuephilia, de Tim Noble e Sue Webster.

Tim Noble e Sue Webster são um casal de artistas com sede em Londres. Estão associados com a geração de artistas pós-YBA da qual emergiram após a Young British Artists dos anos 90s. As suas peças já foram apresentadas em várias exposições de Arte Contemporânea na Royal Academy (Apocalypse: Beauty and Horror in Contemporary Art, em 2000) e fazem parte da colecção Charles Saatchi. Os seus trabalhos são peculiares e o material que utilizam é vernacular (à semelhança do medium utilizado por Rauschenberg). A partir de um monte de objectos classificáveis como “lixo”, recolhido nas ruas de Londres, eles produzem obras inéditas. Os objectos são amontoados e, quando vistos com a devida iluminação, usando um foco de luz, o efeito projectado pela sua sombra é surpreendente. O lixo ganha forma e identidade, o resultado simplesmente inesperado.

Falling Apart, 2001
Mixed media
Variable dimensions

Real Life is Rubbish, 2002
Mixed media
Variable dimensions



He and She (He, sem projecção, sob luz ambiente)
Mixed media
Variable dimensions


Num dos seus melhores trabalhos Dirty White Trash, 1998, surgem duas pessoas relaxando, um encostado no outro, sendo que uma sombra aparenta estar a fumar e a outra a beber champanhe. O contraste entre a pilha do lixo e a sombra das duas pessoas, aumenta o sentido deste trabalho. É possível encontrar várias mensagens, de acordo com o ponto de vista: 1)Enquanto as pessoas, despreocupadamente, desfrutam a vida, os lixos vão-se acumulando; 2)M
esmo no lixo é possível encontrar um momentos de paz; 3)A arte está presente em todo lugar depende dos olhos de quem a vê. As duas aves posicionadas em frente à pilha de lixo reforçam a ideia de lixeira.

Dirty White Trash (with Gulls), 1998
Garbage, seagulls, light-projector
Variable dimensions

Em nota de conclusão, aqui fica ainda uma entrevista recente que concederam à revista
Kopenhagen

17 fevereiro 2009

Janne Lehtinen

Slideshow "Sacred bird" AQUI


Aqui deixo alguns excertos do texto da curadora Dominique Somers, por ocasião da sua exposição no Photomuseum Provincie Antwerpen, Belgica.
«Telling the story of a young man - the author himself - and his attempts to fly with different kinds of self-made aeroplanes and wings, the photographer presents a fictional narrative based on autobiographical facts. Lehtinen - the son of a renowned glider pilot - tries to relive the experiences of his father while himself attempting to leave the ground behind. (...) While the models he conceives are extravagant, surreal and impressive in their construction, they are nevertheless destined to fail, and remain purposeless, anachronistic reinventions of the human-powered prototypes which marked the pioneering days of aviation. (...) The absurdity of his attempt is even more striking when set against the romantic and heroic landscapes in which he stages his performances. Reminiscent of eighteenth-century sublime scenery paintings, these harsh, deserted environments seem to draw the character inexorably down to the ground, rather than to inspire take-off, as if to stress the earth-bound restraints of human nature. It is as if Lehtinen is performing a comic and short-lived act towards the landscape in an effort to bridge the gap between nature and technology, or even between the pictorial and the photographic discourse

16 fevereiro 2009

Helsinki School

Descobri recentemente esta Universidade de Fotografia - Helsinki School - e alguns dos fotógrafos que lá se formaram. Estou simplesmente feliz com a descoberta e com um sentimento/sensação de "peixinho dentro de água" pela grande identificação que encontro com alguns trabalhos e âmbitos temáticos que entretanto pesquisei. São vários os fotógrafos cujo trabalho aprecio, entre eles encontra-se Janne Lehtinen, Sandra Kantanen, Riitta Päiväläinen, Ilkka Halso, para nomear alguns.

A propósito: o trabalho de Janne Lehtinen , intitulado "Sacred Birds", pode ser visto na FNAC de Alfragide até 25 de Março. é uma excelente oportunidade para contactar com a sensibilidade humorada de um homem que prefere voar com os pés assentes no chão.

Posteriormente colocarei posts individuais para cada fotógrafo acima indicado.

Aqui deixo a apresentação da Escola:

«The concept of "The Helsinki School" is not defined by a specific discipline, nationality or geographic region. It represents an approach, a way of thinking that has evolved out of a process of teaching at the University of Art and Design, where each generation is given the chance to invent themselves.
Now the internationally acknowledged artists are gathered together in extensive exhibitions travelling around the world. The exhibitions are curated by Timothy Persons. These exhibitions have established the Helsinki School as a unique approach in how to teach and apply use of the camera as a conceptual tool. The Helsinki School includes both photographs and videos from selected
artists who have attended, graduated from or taught at the University of Art and Design.
Each venue is different always concentrating on the newest cutting edge work available from the artists involved. Our hope is to use these works to establish a true edge of where photography fits into the world today. The exhibitions radiate the spirit of co-operation, introduce the uniqueness of each artist and explain the why behind the Finnish flavour of photography